Semana passada recebi um convite da minha amiga Geda, era para ir passar o sábado em Ponta Grossa, uma cidade que fica a uma hora e meia daqui de Curitiba, e fazer rapel na Cachoeira São Jorge. Vimos as fotos do lugar, parecia ser legal. Montamos nosso lanchinho com frutas frescas, suco, água, biscoitos, frutas secas, barrinhas de cereal e lá fomos nós.
Saímos de Curitiba as 7h, era um grupo de mais ou menos 15 pessoas, da academia que a Geda treina. A cachoeira fica dentro de uma propriedade particular, que cobra R$4,00 pela entrada, deixamos o ônibus na sede da fazenda e descemos uns 500 metros a pé, seguindo o rio São Jorge. O lugar é lindo, o rio forma vários poços, alguns de 7 metros de profundidade, demos uma boa olhada em tudo. Lá formou-se um vale enooorme, lindo, e foi numa das paredes do vale que descemos até a cachoeira, uns 50 metros de descida. Lá de cima eu não fazia idéia do que ia encontrar assim que descesse alguns metros… hehehe. A vista é linda, árvores, parede de pedra, a cachoeira à direita, o rio lá embaixo, várias pedras e claro, o anjo (um dos guias que fica lá embaixo cuidando de quem desce), e sim, é verdade, dá um alívio danado quando se vê o anjo lá embaixo, ele estava sobre uma das pedras, segurando a corda.
Fui avisada para cuidar e não meter o pé no vespeiro que tinha no início do negativo, maravilha, lá fui eu. Sou meio apavorada de natureza, estava beeem tensa, mas queria ir olhando tudo, nada de só descer, ou descer olhando a pedra e nada mais, fui devagarinho, xeretando tudo, o vespeiro era um deles, tinha mais de 10, uns pequenos e em atividade como esse de que fui avisada, e outros que ficavam mais longe e muito grandes, vi as camadas da pedra, plantinhas e tudo o mais que tinha na parede. No negativo a história é outra, fiquei lá, soltinha, sem me preocupar com parede pra ralar, tive uma visão geral do lugar, pude me ater aos detalhes, às pessoas sentadas lá embaixo, ao curso do rio, ao som da água caindo, ao céu azul lá em cima, às gotinhas de água que alcançavam… o anjo puxou a corda e segurou firme, é a hora de soltar as mãos e respirar um pouco. Terminei minha descida, estava mais calma já, mas ele pareceu preocupado, minha cara não devia estar muito legal…hehehe… tensão e asma é assim mesmo, a respiração fica bem doida… hehehe… mas logo voltou ao normal… molhei o cabelo e o rosto no rio, e deitei em uma pedra esperando a Geda, que era a próxima. Lá de baixo que se pode ver o quanto você desce, e o quanto é bonito lá. Para voltar há uma trilha entre as pedras e árvores, uns 15 minutos até voltar para a ‘base’.
Desci somente uma vez, ia descer mais uma, mas não deu certo. Mas já estamos pensando em montar um grupo e ir novamente no início do ano que vem. Vimos que será melhor um grupo menor, no máximo umas 10 pessoas, assim não é preciso revezar os equipamentos (não tinha para todo mundo). Vi que é seguro e muito legal, que posso levar meu filhote junto e aposto que ele vai adorar. Me queimei um pouco no sol, meu braço esquerdo ainda dói um pouco, mas o passeio foi ótimo. Obrigada, Gedinha! Em 2008 tem mais… 🙂